(das
coisas que me emocionam)
Nunca
fui muito de procurar parecenças entre mim e os meus filhos. Nunca me agradou a
ideia de andar a criar “mini-eus”. Faz-me uma certa confusão, admito. Cultivo a
singularidade de cada um deles. Aquilo que os torna únicos. As pequenas idiossincrasias.
Mas, por vezes, olho para o Vasco e não consigo deixar de recuar no tempo. De
me lembrar de mim, quando era criança. Somos bastante parecidos, ao ponto de o
Vasco já nos ter confundido em várias fotografias. E sem dúvida que também
temos personalidades semelhantes. Por isso, sorrio quando o vejo rodeado
de bicharada. Eu que sempre adorei animais e que nunca pude dar azo a este amor,
porque vivia no centro de Lisboa. O Vasco tem um jeito especial para os
animais. Sempre teve. Não tem medo nenhum, por maior ou mais selvagem que seja
o bicho. Faz as coisas mais improváveis e escapa sempre ileso. Passa por baixo
dos cavalos. Pega em minhocas peludas. Faz festas ao cisne do lago. Deixa uma
família de caracoletas subirem por ele acima. Dá beijinhos a tudo quanto mexe.
E emociona-se.
[
Sim, sim… estão a ver bem! Aquela coisa preta enormeeee ao colo do Vasco é mesmo
o nosso porquinho-da-índia, o Dó Ré Mi. Continua feioso e mariquinhas, mas
cresceu desmesuradamente. Ah... e dizer que o Peanuts é um coelho-anão também é um eufemismo. ]
As pessoas que estão à vontade no meio da bicharada merecem logo a minha confiança.
ResponderEliminarExacto, é tipo lei universal! :)
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