(à
falta de estrelas cadentes…)
No
dia 21 de Julho de 2013, estava com a minha madrasta e os meus filhos a
assistir ao fogo-de-artifício mais bonito que alguma vez vi na vida, em La
Roche-en-Ardenne. Era o dia da festa nacional belga. Forçava sorrisos e boa
disposição, apesar do buraco no coração. O meu amor tinha acabado de partir
para Itália, sem data de regresso. Nessa noite, quando o céu começou a
encher-se de luzes e no relvado à nossa volta só se ouviam interjeições de
espanto, fechei os olhos e pedi um desejo. Que no ano seguinte pudesse estar
nos braços do meu amor a assistir aos fogos-de-artifício. Com a minha madrasta
e os meus filhos.
No
dia 21 de Julho de 2014, além da festa nacional, em Vielsalm celebrou-se a o “Sabat
des Macralles” e a Festa dos Mirtilos. Foram dois dias de festa, com concertos,
desfiles de carros alegóricos, barraquinhas de feira, carrosséis e muitos
doces. Algodão doce de violeta, uma delícia. Bruxas a passearem pelas ruas a
assustar quem passava. E vendedores de tartes de mirtilos por toda a parte,
claro. À noite houve fogo-de-artifício. Os meus filhos a rir. E os braços do
meu amor.
Agora,
vou sair para ir buscar a minha madrasta. O meu sonho está completo. À falta de
estrelas cadentes, o fogo-de-artifício funciona na perfeição.
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