(aprendidos
a duras penas nos últimos três Invernos)
No
Inverno, tentar sair de casa de casa com tempo. Muito tempo. Ou muita
paciência. Nunca se sabe o que se pode encontrar pela frente.
Até prova em contrário, a estrada é toda nossa. Ou seja, circular o mais possível no meio da via para maior segurança. Excepto se vier um carro na direcção contrária. Nesse caso, é melhor desviarmo-nos. Mas devagarinho.
Contrariar
aquele instinto de condutor sabiamente desenvolvido ao longo dos anos: na
dúvida, trava-se. Nunca travar. Nunca. Mesmo. Sob risco de assistirmos a uma
cena altamente aterradora que é ver o nosso carro ganhar vida própria. E continuar
a derrapar até ao monte de neve mais próximo, ignorando ostensivamente o nosso
pé pesado no travão. Ou fazer peões no meio da estrada, o que é muito pior. Ou
galgar uma rotunda, o que também não deixa de ser assustador. Neste caso, quem vinha em direcção contrária foi parar ao campo das vacas...
O
ideal é manter uma grande distância do carro da frente. E, em caso de extrema necessidade,
travar muito ligeiramente. Com a caixa de velocidades. Aliás, a velocidade é o
segredo da condução na neve. Nas subidas, usa-se uma mudança acima do
necessário. Nas descidas, uma mudança abaixo. Ou seja, o melhor é nunca deixar
o carro muito à vontade. Caso contrário, ele pode sentir que está à vontadinha
e perde-se o controlo do bicho. Em gíria equestre, dir-se-ia “não dar muita
rédea”.
Pronto, Paula! Pedido atendido: Este post é doravante dedicado a todos os maluquinhos da Serra da Estrela e das fotografias bonitinhas no Instagram de montanhas cobertas de neve. A neve é muito linda, sim, senhora, mas é para quem não tem de apanhar com ela em cima meses a fio. :D
ResponderEliminarAcho que em dias assim recusava-me a conduzir!
ResponderEliminarE olha que eu adoro conduzir!
Se a vida aqui parasse cada vez que há dias destes, mais valia hibernarmos todos no Inverno! :)
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