sábado, 8 de agosto de 2015

Da evolução das espécies

(ontem, ao início da noite)



Se há coisa que tenho aprendido, nestes últimos anos, é a viver ao ritmo das estações. A tentar disfrutar ao máximo do clima, seja ele qual for. Aproveitar aquilo que a natureza nos oferece. Ainda não tenho uma relação fácil com o rigor invernal que faz na Terra do Frio. E admito que também não convivo lá muito bem com a ausência de calor, nos supostos meses de Verão. Mas sinto que comecei a adaptar-me, aos poucos. Gosto de dar longos passeios pelos bosques cheios de neve. Deixei de usar chapéu-de-chuva ou de me abrigar. Agora, ando feliz à chuva. E deixo os miúdos fazerem o mesmo. Aprendi a ter sempre um casaco no carro. Outro no trabalho. Não vá o diabo tecê-las. Já consigo usar t-shirt quando estão apenas 18º graus lá fora. Vestidos curtos e sandálias abertas. No fundo, acho que o meu corpo se habituou e já não sinto tanto frio. Principalmente, aceitei que este clima é completamente diferente. Deixei de fazer comparações. De esperar pelo calor. De me queixar.

Este Verão tem sido especialmente quente. Há apenas alguns anos atrás, seria banal. Agora, consegue deixar-me imensamente feliz. Ando sempre a pensar numa maneira de aproveitar estas trevas. Ontem à tardinha, chegámos do trabalho cheios de calor. Estava abafado, presságio da tempestade que rebentou horas depois. Desafiei o meu amor a ir dar um mergulho ao lago de Butgenbach. A vantagem de não termos os miúdos connosco, este mês, é que parece que continuamos de férias, apesar do horário normal de trabalho. Podemos esquecer o jantar, pegar no cão e metermo-nos a caminho do lago, a desoras. Em meia-hora estávamos aqui…






[ D. Fuas Roupinho não faz jus ao nome do personagem histórico. Gosta de dar uns mergulhos rápidos onde tem pé e sai a correr, cheiinho de frio. Mas detesta ver-me desaparecer dentro de água, fica histérico. Chora, num latido de partir o coração. Prefere vir ter comigo a nado e alapar-se aflito ao meu colo, que ficar a ver-me ao longe. É um maricas. ]

4 comentários:

  1. Acreditas que me sucedeu algo semelhante quando estive a estudar em Coimbra?!

    Oh terra para chover e fazer frio e nevoeiro e ventania, tudo ao mesmo tempo!

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  2. Imagina se tivesses ido para a Universidade de Braga... ;)

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    1. Nem me candidatei, para não cair no azar de entrar! ahahahaah é verdade!

      E nem me candidatei, nem foi por questões climatológicas... foi mesmo por questões geográficas... se fazer 500km de 2 em 2 semanas era dose, imagina ir de Portimão a Braga e vice-versa!

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  3. Não me digas nada, pá! O meu orientador de tese era da Universidade do Minho e cada vez que tinha de lá ir parecia que demorava uma vida! É que fica mesmo atrás do sol posto, não é?!

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