(ontem, ao início da noite)
Se
há coisa que tenho aprendido, nestes últimos anos, é a viver ao ritmo das
estações. A tentar disfrutar ao máximo do clima, seja ele qual for. Aproveitar
aquilo que a natureza nos oferece. Ainda não tenho uma relação fácil com o
rigor invernal que faz na Terra do Frio. E admito que também não convivo lá
muito bem com a ausência de calor, nos supostos meses de Verão. Mas sinto que comecei
a adaptar-me, aos poucos. Gosto de dar longos passeios pelos bosques cheios de
neve. Deixei de usar chapéu-de-chuva ou de me abrigar. Agora, ando feliz à
chuva. E deixo os miúdos fazerem o mesmo. Aprendi a ter sempre um casaco no
carro. Outro no trabalho. Não vá o diabo tecê-las. Já consigo usar t-shirt quando
estão apenas 18º graus lá fora. Vestidos curtos e sandálias abertas. No fundo,
acho que o meu corpo se habituou e já não sinto tanto frio. Principalmente,
aceitei que este clima é completamente diferente. Deixei de fazer comparações.
De esperar pelo calor. De me queixar.
Este
Verão tem sido especialmente quente. Há apenas alguns anos atrás, seria banal.
Agora, consegue deixar-me imensamente feliz. Ando sempre a pensar numa maneira
de aproveitar estas trevas. Ontem à tardinha, chegámos do trabalho cheios de
calor. Estava abafado, presságio da tempestade que rebentou horas depois. Desafiei
o meu amor a ir dar um mergulho ao lago de Butgenbach. A vantagem de não termos
os miúdos connosco, este mês, é que parece que continuamos de férias, apesar do
horário normal de trabalho. Podemos esquecer o jantar, pegar no cão e
metermo-nos a caminho do lago, a desoras. Em meia-hora estávamos aqui…
[ D. Fuas Roupinho não faz jus ao nome do personagem histórico. Gosta de dar uns mergulhos rápidos onde tem pé e sai a correr, cheiinho de frio. Mas detesta ver-me desaparecer dentro de água, fica histérico. Chora, num latido de partir o coração. Prefere vir ter comigo a nado e alapar-se aflito ao meu colo, que ficar a ver-me ao longe. É um maricas. ]
Acreditas que me sucedeu algo semelhante quando estive a estudar em Coimbra?!
ResponderEliminarOh terra para chover e fazer frio e nevoeiro e ventania, tudo ao mesmo tempo!
Imagina se tivesses ido para a Universidade de Braga... ;)
ResponderEliminarNem me candidatei, para não cair no azar de entrar! ahahahaah é verdade!
EliminarE nem me candidatei, nem foi por questões climatológicas... foi mesmo por questões geográficas... se fazer 500km de 2 em 2 semanas era dose, imagina ir de Portimão a Braga e vice-versa!
Não me digas nada, pá! O meu orientador de tese era da Universidade do Minho e cada vez que tinha de lá ir parecia que demorava uma vida! É que fica mesmo atrás do sol posto, não é?!
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