(e
assim se iniciou a “lista das coisas a fazer antes dos 40”)
Desde
os tempos de A volta ao mundo em oitenta
dias (os desenhos animados de Willy Fog que eu adorava, não a obra de Jules
Verne que só li anos mais tarde), sou apaixonada por balões de ar quente.
Coincidências da vida, o meu amor também tem uma verdadeira adoração por estes
engenhos. Embora jogue noutro campeonato… não só já sobrevoou as pirâmides de
Gizé num balão, como pôs no ar um aeróstato construído por ele. O mais
engraçado é que foi graças ao Memorial do
Convento de Saramago, que lhe ofereci há uns anos, que ficou a conhecer o
jesuíta Bartolomeu de Gusmão. O meu amor ficou doido com a história da
“Passarola”, o primeiro balão de ar quente de que há registo. Em francês, o
balão de ar quente é conhecido por “montgolfière”, em homenagem aos irmãos Montgolfier,
tidos como seus inventores. Os franceses sempre foram um bocadinho usurpadores…
A
vantagem de vivermos em frente ao posto de turismo, é que estamos sempre a par
das festividades locais. Não há como escapar aos grandes cartazes colados nas vitrines. Foi assim que ficámos a saber
do Festival de balões de ar quente de Hotton, este fim-de-semana. Ainda por
cima, as Hottolfiades 2015 decorriam numa aldeola não muito longe daqui. Ontem,
depois de um dia a trabalhar no quintal, demos lá um saltinho no final da
tarde. Não sabíamos bem ao que íamos, mas foi uma experiência inesquecível.
Ficámos cheios de pena que os rapazes não estivessem connosco. De certeza que
teriam adorado ver tudo de perto, uma oportunidade rara. Assistimos à
preparação dos balões, do princípio ao fim. Não fazia ideia de que dava tanto
trabalho e envolvia uma logística tão grande. No final, sem atropelos nenhuns,
foram lançados cerca de 50 balões de ar quente. Parecia magia.
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