segunda-feira, 11 de abril de 2016

Guerra e Paz


(onde se mostra um cansaço sem fim)



A esta hora o Vasco devia estar a tentar ler às escondidas, em cima da cama. Enquanto fingia que calçava os sapatos. Eu devia estar a apressá-lo, aqui em baixo. Depois de ter arrancado à força um Diogo vaidoso do espelho da casa de banho. Depois de ter mandado um Diogo feliz para a escola. D. Fuas andaria aos saltos à nossa volta, a tentar ver se convencia alguém mais distraído a dar-lhe uma segunda refeição. O meu amor subiria as escadas em silêncio, para surpreender a coisa pequena em flagrante delito. A esta hora, o Vasco daria um pequeno grito de susto e desceria as escadas a correr. De casaco meio vestido e mochila a arrastar pelo chão. Eu já estaria à espera dele, na cozinha, com o saco do almoço na mão para lhe dar. Pronta para sair. Um bocadinho atrasada, como sempre. 

Há três anos atrás, nunca teria acreditado se me dissessem que, depois de tantas idas ao tribunal, eu estaria esta manhã desgastada a caminho da Polícia.

6 comentários:

  1. Espero que tudo se resolva rapidamente e da melhor maneira.
    Um xi-coração.

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    1. A sério? Continua a mesma confusão? E os miúdos no meio disto tudo. Tristeza!! :(

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  2. Ainda...? Bolas :( Espero que se resolva depressa. Beijinhos

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  3. Hoje custa-me falar consigo...ninguém merece, muito menos quando há crianças envolvidas! Um abraço muito apertadinho, Rita!

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  4. Obrigada pela preocupação e carinho, meninas. Já percebi que há coisas que nunca mudarão, o que tem de mudar é a minha maneira de as encarar. A forma como lido com o que me acontece. Porque o mais importante eu já conquistei: os meus rapazes. <3

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  5. Ainda bem! Um grande beijinho, Célia

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