(onde se vive uma saudade sem fim)
Em
Janeiro, disse que este seria o ano do meu amor. Que em 2015 se tinha dedicado
por completo a nós e que, agora, tinha de pensar nele. O meu amor esperou pela rentrée escolar. E pelo início de todas
as actividades dos rapazes. Mal o nosso quotidiano acalmou, fez-se ao mar.
Voltou aos barcos. Não vale a pena amarrar quem não tem amarras. Tal como eu
serei sempre tradutora, ele será sempre marinheiro. Nenhum de nós faz
concessões. Nenhum de nós abre mão daquilo que é. Custe o que custar. E a
verdade é que custou muito mais do que algum dia imaginei que pudesse custar.
Mas o meu amor é marinheiro. Pode não ser exactamente esse o nome. Pode ter
muitas patentes. Ou ter um pendor mais científico. O meu amor será sempre
marinheiro. E um marinheiro precisa de barcos. E da liberdade do mar.
Prometi
que não ia chorar e não chorei. Até ver o Vasco agarrado a ele aos soluços. Até
ver o abraço sem fim do Diogo. Nesse momento, chorei. Não por mim, mas por ver
a tristeza dos meus filhos. “O que é que nós vamos fazer sem ele, mãe?”,
perguntou a coisa pequena quando se deitou. Parecia perdido, amputado. Respondi
que íamos fazer o melhor que podíamos. Que íamos viver e esperar. E é isso que
temos estado a fazer. A dor da partida deu lugar à saudade. Uma saudade sem fim
que os telefonemas, sms e e-mails não matam. Vivo há tanto tempo com a saudade
colada ao corpo, que nem tinha percebido que se tornou uma segunda pele. Que já
não magoa. Que se esbateu. Agora, está em carne viva. Nunca pensei que houvesse
amor assim, que entra em nós e nos usurpa por inteiro. Que faz com que o nosso
coração ande no alto-mar. E os nossos olhos fitem o horizonte sem fim. E a
nossa mente vagueie ao sabor da maresia. Estou aqui, mas ando perdida algures
por lá.
Hoje não há risos para soltar enquanto leio este post...Não sei quanto tempo voltam a ser 3 na casa que 4 têm vindo a criar, mas percebo que qualquer medida de tempo vai custar a passar! Um outro abraço, Rita, mesmo muito apertadinho: é tão sentido quanto a necessidade que sinto de vir até aqui e "encontra-la!
ResponderEliminarRita, imagino quer não esteja a ser fácil! Um abraço apertadinho, apertadinho!!!
EliminarObrigada pelas palavras sempre doces, Mariana.
EliminarNão é fácil, mas faz parte... Obrigada pelo abracinho, Célia.
EliminarQue passe depressa, um abraço.
ResponderEliminarMesmo que passe depressa, há-de parecer uma eternidade, Gralha. :( Beijinhos.
EliminarAi. meu abracinho.
ResponderEliminarO teu abraço é sempre bom, Melissa. Beijocas.
EliminarForça, garota.
ResponderEliminarSó por me chamares garota já ganhei o dia! Um beijinho, Carla.
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