(notas
soltas sobre um Natal inusitado em terras de Sua Majestade)
Esperar
que as aulas acabem à porta da escola dos miúdos. Descobrir mais um aeroporto –
o do Luxemburgo – a pouco mais de uma hora daqui. Pequenino, com estacionamento
gratuito perto, como se fossemos só ali à esquina apanhar o comboio. Rumar a
Inglaterra, com as malas cheias de prendas e borboletas na barriga. Porque
viajar é isso mesmo.
Matar
saudades. Da família inglesa, claro. E ver o mar, ouvir o bater das ondas. Sem
tempo para grandes passeios, o importante é estar com a família. Mesmo assim, revisitar
Londres pela enésima vez. Ver o encanto do Vasco pelas múmias do British
Museum, pelas experiências e os simuladores de voo do Science Museum, pelos
dinossauros do Natural History Museum. Perceber que o Diogo já vive a viagem de
outra maneira, mais adulta. A ver as vistas através da lente do iPod e a trocar
impressões com os amigos no Facebook. Porque crescer é isso mesmo.
Comer…
muito e bem. Um pequeno-almoço inglês, feito a rigor pelo uncle John. E fish and chips.
Matar saudades de bacalhau, bolo-rei, broas, queijo da Serra e outras iguarias
portuguesas, graças ao engenho da tia Clarisse e das minhas primas. Sermos mimados, tanto,
tanto, tanto! Porque a família é isso mesmo.
E,
de repente, uma troca de sms estranha… e descobrir que o meu amor está ali
mesmo. No meio de uma noite de tempestade, naquela vila à beira-mar. Que
atravessou a Europa de avião, de comboio, de autocarro, só para passar o Natal connosco.
Porque o amor é isso mesmo.
Receber
prendas de Natal perfeitas. Escolhidas a dedo a pensar em nós. Um violino preto
para o Vasco, igualzinho ao do Darth Vader e um novo trompete para o Diogo, da
prima Claire. Coisas exóticas que a prima Alison trouxe da Nova Zelândia. E uma
máquina fotográfica para mim! Uma mala, linda, que vi de fugida do autocarro e
que a melhor tia do mundo foi à procura na véspera de Natal. Porque o Natal é
isso mesmo.
[
Agora, os miúdos estão em Portugal. E nós vamos à aventura, namorar. Fazer
planos, sonhar alto... a condizer com este ano novinho em folha, que vamos estrear
juntos. ]
Daqui deste país, longe de todos esses bocadinhos da Europa tão fáceis de atingir, desejo-lhe um 2014 com muito amor, muitos risos, bom trabalho...e algumas peripécias que nos fazem participar um pouco na vossa vida...
ResponderEliminarObrigada, Mariana! Desejo-lhe um excelente 2014, uma página em branco repleta de novos sonhos... :)
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