(mas à prova de Vasco…)
Estava
eu num centro comercial apinhado em dia de saldos – com o Diogo que odeia
multidões a transpirar depois de uma passagem pela Primark e o Vasco no estado
de sobre-excitação que se imagina – quando me lembrei que tinha mesmo de passar
pelo supermercado. Não havia volta a dar, íamos jantar a casa de uma amiga e eu
tinha ficado de levar a sobremesa. Assim que entrei, deparei-me com filas
monumentais nas caixas e passei ao plano B. Deixei os miúdos a marcar lugar
numa fila para pagar e fui a correr buscar o que precisava.
Quando
voltei, o senhor que estava à nossa frente começa a tentar meter conversa.
“Minha senhora, tenho de lhe dar os meus parabéns. Tem aqui uns rapazes muito
bem-educados e sossegados. Principalmente este…”. E apontou para o Vasco. Ouvi
um riso abafado. O casal atrás de mim ria disfarçadamente. Percebi que o Vasco
devia ter feito das suas… O Diogo incrédulo dizia-me em português: “Ó Mãe, o
tipo está a engatar-te! O Vasco não parou quieto um minuto!”. Não me contive e
larguei à gargalhada.
E
ali ficámos mais uns 10 minutos na fila, que avançava a passo de caracol. A coisa pequena estava no seu melhor. Falou,
lutou contra inimigos imaginários, falou, mandou um carrinho para cima do
senhor, falou, atirou coisas ao chão… O tipo acabou por admitir a derrota. Depois
de pagar, deu-me uma pancadinha no braço e disse-me à laia de despedida: “Coragem!”.
Vasco,
a afastar pretendentes desde 2006.
Os miúdos cheiram-nos à distância... não sei como é que fazem isso!
ResponderEliminarSão uns diabos, pá! :)
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