(…)
Porque
nada nos une, escolhemos estar juntos. Assim, simplesmente. Por opção. Por amor.
Não
estamos amarrados a nenhuma convenção social. Não são os filhos que nos unem. Não
estamos presos a nenhum empréstimo bancário. Nem estamos juntos porque dá
jeito. Ou por hábito. As nossas famílias não se juntam no almoço de Domingo.
Aliás, vimos de universos completamente diferentes. Não partilhamos o local e
os colegas de trabalho. Nem frequentamos o mesmo grupo de amigos. As nossas
referências não são as mesmas. Bem vistas as coisas, não temos a mesma
nacionalidade, não falamos a mesma língua, não moramos no mesmo país. Há um
mundo que nos separa, literalmente.
Mas
tomámos uma decisão. Estarmos juntos, mesmo que tudo nos separe. Estarmos
juntos, apesar de tudo. Sem laços, nem amarras impostas. Exactamente porque nada nos
obriga. Excepto a nossa vontade. A nossa liberdade. O nosso amor.
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