(onde
se mostra que às vezes o “saudável” sai caro)
1-
Comprei um shampoo daqueles todos bio-coiso
da Timotei: 100% natural, 95% biodegradável, sem parabenos, nem sulfatos. Ainda
por cima, não posso dizer que tenha sido caro. Acho que paguei cerca de 3€
por uma embalagem de 250 ml. E cheira bem que se farta. Só tem um pequeno
problema: não faz espuma nenhuma. Ah… e também não lava o cabelo. Parece-me um
excelente produto, mas para shampoo definitivamente não serve.
2-
Estou farta de ver receitas com farinha de aveia, mas nunca consegui encontrar
tal coisa por estes lados. Deduzo que em Portugal também não seja fácil porque,
no final das receitas, diz sempre que se não tivermos farinha de aveia podemos
simplesmente moer flocos de aveia no 1, 2, 3. Decidi experimentar e, de facto,
fica uma espécie de farinha que pode ser utilizada para fazer bolos. A questão
é que aquilo não cresce. Nem coze. Nem coisa nenhuma. Como sou parvinha,
experimentei duas vezes, num bolo e em muffins. Pá… nem vale a pena tentarem, não
dá.
3-
Há muitos anos que deixámos de ir ao McDonald’s. Ou a qualquer outro tipo de
cadeias de fast-food do género.
Recuso-me a comer aquelas porcarias de plástico e esforço-me ao máximo por
incutir nos meus filhos uma filosofia de vida mais saudável. Não dá grande
resultado, tenho de admitir. Estou farta de lhes mostrar documentários, artigos
de jornal, estudos fiáveis… a pandilha continua a adorar o restaurante do
palhaço idiota. Talvez devesse ter começado quando o Diogo era pequenino, mas
nessa altura eu ainda alimentava o final da minha adolescência com McFish e
batatas-fritas. Infelizmente, há gente que não cresce. Resultado: os meus
filhos enchem-se de McPorcarias sempre que estão em Portugal, longe da minha
vigilância.
No
outro dia, fomos a Bruxelas fazer os passaportes (a nossa aventura na embaixada
merece um outro post, juro!). Estávamos felizes e contentes. Fomos a uma loja em segunda mão gigantesca
comprar livros para as férias. Eu estava especialmente satisfeita por ter também
encontrado dois pares de calças de ganga de Inverno para o Vasco. Estavam como
novas a 1€, umas ainda tinham a etiqueta e tudo. O Diogo regressou da sua
missão de ir pôr mais moedas no parquímetro com a novidade de que havia uma
hamburgueria na esquina com óptimo aspecto. Os hambúrgueres só custavam 4.5€,
podíamos ir lá almoçar. “Já que não podemos ir ao McDonald’s…” tornou-se o
chavão da chantagem emocional familiar. Cedi, apesar de já nos termos tornado
suficientemente belgas para não fazermos almoçaradas de faca e garfo, como se
diz por aqui. Mas um dia não são dias, não é? Uma vez sentados na dita
hamburgueria, depressa percebi que estávamos num daqueles “conceitos” (e não
restaurante) modernos. Ceci n’est pas un hamburger
era o mote. Ia morrendo de susto quando o empregado nos trouxe o cardápio, mas
tive vergonha de me levantar e fugir a correr. O que custava 4.5€ eram as
batatas-fritas. Pequenas. Batata-doce frita, que é muito mais fino. Os hambúrgueres
custavam mais do triplo. Mas havia hambúrgueres de carne branca, incontestavelmente
mais saudável. As bebidas eram igualmente proibitivas, mas como nomes muito engraçados. Ainda por cima, vinha
tudo embrulhado em papel, como se estivéssemos mesmo no McDonald’s. Papel de luxo, bem entendido. Claro que o
que paguei dava para alguns vinte McMenus, como fez questão de sublinhar o
adolescente pitosga. Guardei a factura para esfregar na cara da próxima pessoa
que me disser que a comida alternativa e
biológica e saudável e o raio que o parta é pouco mais cara
do que a normal.
Ahahahahahahahah... estou aqui morta de riso!
ResponderEliminarPronto, eu sei... não se ri da desgraça alheia!
Se queres champô bio-coiso, faz em casa, com ingredientes caseiros, há resmas de receitas na net e aposto que pelo menos lavam alguma coisa ;)
Quanto à farinha de aveia, há sim à venda cá em Tugal, já comprei e usei em biscoitos ou bolachas, cujo objectivo é não precisarem de crescer muito... mas cá em Tugal, coisas veggie e bio estão na berra!
Quanto à tasca do palhaço, nunca lá levei o meu mais velho, mas já trouxe para casa. A minha política é dar a experimentar, porque quanto mais proibes, maior o desejo... digo eu!
Podes rir à vontade, ao menos as minhas desgraças sempre servem para alguma coisa! :)
EliminarTenho de procurar melhor pela farinha de aveia. É isso e o óleo de coco... bolas!
Eu andei foi feita doida à procura de óleo de sésamo e cadê ele?! Após muita procura lá encontrei metido no meio dumas prateleiras manhosas dum supermercado, na secção de produtos de cozinha internacional...
Eliminar1. Pois.
ResponderEliminar2. Mesmo com fermento à parte?
3. Burger King antes de ir de viagem. Vamos pouco de viagem.
4. Aconteceu-me isso há pouco tempo mas deve ter sido porque passei uma hora a desfrutar do "restaurante". Sim, à espera de hamburgueres no pão.
Ah... mas tu foste a um restaurante, Gralha?! É que eu fui a um "conceito"... é muito mais in! ;)
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