(onde
se percebe que o filho grande é uma criatura estranha)
De
repente, toca o telefone. É a mãe do Baptiste. Atendo… a medo. Diz-me que está
em frente ao computador. Que tem de se despachar. Que há bilhetes de avião
baratíssimos para Toulon, no Sul de França, onde têm o iate. Que gostavam muito
de lá ir passar os últimos dias de férias, mas…
Por
momentos, pensei que me ia pedir para lhe ficar com o miúdo. Pensei mesmo. Até
me sentei com o susto. Caraças, ainda não estamos completamente refeitos do
caos que o Baptiste semeou nesta casa, no fim-de-semana passado.
Mas,
não. Queriam apenas convidar o Diogo para ir com eles. Que faziam questão de oferecer
tudo, passagens de avião incluídas. Que tinha era de dar uma resposta depressinha.
E,
pronto, lá foi o filho crescido passear para Saint-Tropez. Foi um bocadinho
contrariado. O professor de órgão tinha-lhe dito onde estavam escondidas as
chaves da igreja, para ele poder tocar durante as férias. E o sonho do rapaz
era passar esses dias enfiado numa igreja escura e fria, não num iate de 13 metros…
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