(onde
se serve um post a nu)
Como
sempre, aproveitei a ida a Portugal para comprar lingerie. Não é que seja mais barata. Ou que haja mais variedade de
escolha. Ou que seja mais bonita. Mas é mais pequena. Consideravelmente mais
pequena.
Neste
país, as mulheres são todas grandes. Quer dizer, não é só uma questão de
tamanho. Até porque o meu ponto de comparação é – sejamos realistas – bastante
diminuto. As mulheres nórdicas são não apenas grandes, como têm uma estrutura óssea
que acompanha aquele tamanho todo. Dos pés à cabeça, literalmente. Depois de
terem filhos (um, dois, três, quatro…), ficam ainda maiores. Não é exactamente
gordas, é mesmo maiores, mais largas.
Encontrar
roupa para mim, no meio deste amplo universo
feminino, não é tarefa fácil. Calçado, muito menos. Sinto-me uma liliputiana no
país do Gulliver. Eu, que sempre fui rechonchuda mas nem sempre tive uma relação
pacífica com as gordurinhas, ainda me espanto com o tamanho da roupa que se
vende por aqui. Pura e simplesmente, não há números 34. Mesmo o 36 é uma
raridade, inclusivamente nos sapatos. Pior, por vezes até se encontram números
mais pequenos… mas, depois, percebe-se que foram inflaccionados. Ou seja, o
número indicado na etiqueta é pequeno, mas a roupa é grande. É uma coisa um
bocado surreal, que faz milagres pela auto-estima de uma mulher.
Deve
ser esta auto-estima adquirida juntamente com o estatuto de emigrante que me
permite ficar em amena cavaqueira com o ginecologista, nos preparos diminutos
que estas consultas normalmente exigem. Por aqui, não há cá batas, nem lençóis a
tapar pudicamente aquilo que vai ser analisado com minúcia. Nem assistentes a
velar pelo rigor científico do olhar. Uma pessoa fica para ali, tal como veio
ao mundo. E é exactamente assim que, depois de inspeccionados os interiores, se
senta na marquesa e continua a discussão. Tal como se estivesse no café, mas em trajes menores... muito menores. Ou sem trajes, vá...
E ano nível do estilo? Não há Inditex nas redondezas?
ResponderEliminarJá eu tive uma agradável surpresa nesse domínio nos EUA graças aos tamanhos petite e aos meios números de sapato. Haja reconhecimento da variedade!
Isso não é coisa que se veja muito por estas bandas. No máximo, tenho uma HM a 15 min. daqui, no Luxemburgo. Mas admito que não tenho pachorra para andar em grandes lojas. Duas vezes por ano, vou à Primark em Liège comprar aquelas coisas básicas para os miúdos. É um sacrifício. Se não, aqui, há muitas lojas em segunda-mão bem fixes... :)
ResponderEliminarQuem manda ter corpinho de princesinha?!
ResponderEliminarLOL, Naná! Sou apenas bem mais pequenina que esta gente... :)
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