(porque
me parece que ficaram algumas coisas por dizer)
Tornar-se
adolescente é um processo complexo. Perfeitamente normal, absolutamente
enternecedor. Ainda assim, complexo. Sobretudo quando cedo se apresenta um
desenvolvimento bem acima da idade real. Uma capacidade de empatia e uma
sensibilidade raras, que nos diferenciam de imediato dos pares.
Ser
emigrante exige uma enorme capacidade de adaptação, que passa pela aceitação de
novas referências culturais sem nunca perder de vista as nossas origens.
Ser
vítima de uma constante tentativa de alienação parental por parte de um dos
pais, que critica de forma profundamente fundamentalista o quadro de vida do
outro, é dilacerante.
Se
somarmos estes três factores, estamos perante um desafio considerável. Um
desafio que poucos conseguiriam ultrapassar. O Diogo é um verdadeiro herói, que
todos os dias dá mostras de uma coragem e de um equilíbrio sem precedentes. Sinto
um orgulho imenso neste meu filho. O caminho que estamos a trilhar nem sempre é
fácil, mas tenho a certeza absoluta que de terá um desfecho feliz.
[
No primeiro post que escrevi, pretendi também levantar o véu para o facto de
que o tema da facilidade com que os adolescentes – os adolescentes emigrantes,
em particular – podem ser seduzidos quando lhes acenam com certezas absolutas…
a tal Verdade. E que isto é perigoso. Muitíssimo perigoso. E, infelizmente, actual. ]
A alienação parental deve ser uma das maiores formas de violência psicológica que conheço. E magoa mais que muitos socos e bofetadas...
ResponderEliminarConcordo, Naná. Ainda por cima, sendo uma forma de manipulação perfeitamente sádica, que dificulta imenso o outro progenitor de se defender sem atacar.
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